Queda de cabelo: causas, tratamentos e como prevenir

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

A queda capilar pode ter diversas causas, incluindo fatores genéticos, hormonais, alimentares, estresse e doenças autoimunes

A queda de cabelo é um processo natural que faz parte de um ciclo de crescimento, repouso e renovação dos fios. Cada pessoa tem seu próprio padrão, sendo normal perder uma certa quantidade de fios diariamente. No entanto, quando esse padrão é alterado e a queda se torna excessiva, é importante procurar a orientação de um dermatologista. Afinal, a queda capilar em níveis elevados pode ser um sinal de desequilíbrios de saúde, como alterações hormonais ou deficiências nutricionais.

O que é considerado uma queda de cabelo anormal?

Os cabelos crescem em um ciclo de três fases: anágena, catágena e telógena. Na fase anágena, que dura em média de 2 a 6 anos, ocorre o crescimento ativo, com uma média de 1 centímetro por mês. A fase catágena dura cerca de 3 semanas, quando o crescimento diminui e o fio se prepara para cair. Na fase telógena, que dura de 2 a 3 meses, o fio para de crescer, fica solto e cai com o mínimo de tração, sendo substituído por um novo fio.

Portanto, a queda de cabelo é um processo natural e ocorre diariamente. Cada fio segue seu próprio ciclo, com durações variadas. Quando um fio cai, um novo geralmente nasce em seu lugar. A queda capilar considerada normal varia de 100 a 150 fios por dia. Esses fios, já prontos para se desprender, costumam cair durante a lavagem ou ao pentear os cabelos.

Principais causas da queda de cabelo

A queda de cabelo anormal ocorre quando o ciclo de crescimento dos fios é interrompido. Em alguns casos, o cabelo deixa de crescer na fase de desenvolvimento e cai prematuramente. Esse tipo de queda capilar é conhecido como eflúvio anágeno e acontece quando os folículos capilares são afetados por fatores internos ou externos, como:

  • Uso de medicamentos, como a quimioterapia;
  • Radiação;
  • Infecções;
  • Intoxicações;
  • Desnutrição grave;
  • Fatores genéticos;
  • Doenças autoimunes.

Embora a queda de cabelo na fase telógena seja natural, ela é considerada um distúrbio quando a perda ultrapassa de 200 a 300 fios por dia, o que caracteriza o eflúvio telógeno. Esse aumento na queda geralmente ocorre em resposta a eventos que aconteceram meses antes, já que leva um período para os fios se prepararem para cair. Alguns dos principais fatores que podem desencadear esse aumento na queda capilar incluem:

  • Infecção aguda;
  • Pneumonia;
  • Pós-parto;
  • Estresse;
  • Dietas muito restritivas;
  • Doenças metabólicas ou infecciosas;
  • Cirurgias;
  • Febre alta;
  • Medicamentos.

Além disso, outras causas de queda de cabelo incluem a alopecia androgenética, uma condição hereditária que provoca o afinamento progressivo dos fios, levando à calvície. A alopecia areata, por sua vez, é uma doença inflamatória que causa queda capilar em áreas redondas ou ovais. Já a alopecia de tração é causada pelo uso constante de penteados apertados, que puxam os fios e danificam os folículos capilares.

Tratamentos para queda de cabelo

O tratamento da queda de cabelo depende de sua causa e gravidade. Se for causada por medicamentos, substituí-lo ou suspender o uso pode ajudar. Em casos de dietas desbalanceadas, ajustes alimentares e suplementos são recomendados. Para distúrbios hormonais ou doenças associadas, tratar a condição principal melhora a saúde capilar. A queda devido a eventos específicos, como o eflúvio telógeno, tende a se resolver sozinha com o tempo.

Em casos graves, como nas alopecias, a queda de cabelo é mais intensa, afetando áreas específicas e deixando o couro cabeludo exposto, com dificuldade para que haja o crescimento de novos fios. Nesse cenário, tratamentos da dermatologia avançada, como a injeção de medicamentos e vitaminas diretamente no couro cabeludo para estimular o crescimento dos fios, podem ajudar.

Como prevenir a queda de cabelo?

Como vimos, a queda de fios é um processo normal dentro dos parâmetros do ciclo capilar. No entanto, para prevenir a queda capilar excessiva, é recomendado adotar algumas medidas, como:

  • Lavar o cabelo 2 a 3 vezes por semana para remover oleosidade e sujeira, evitando a obstrução dos folículos capilares;
  • Enxaguar bem os fios para evitar acúmulos de shampoo e condicionador;
  • Desembaraçar os cabelos com cuidado, começando pelas pontas até a raiz;
  • Não prender os cabelos molhados ou úmidos para evitar irritações no couro cabeludo;
  • Manter uma alimentação saudável, rica em nutrientes para fortalecer os fios;
  • Controlar o estresse, que pode afetar o ciclo capilar;
  • Proteger os fios e o couro cabeludo do sol.

Quando procurar um dermatologista?

A queda capilar pode ter várias origens, e o dermatologista é o médico capacitado para diagnosticar, tratar e prevenir essas condições. O diagnóstico precoce é essencial, pois impede que o problema evolua para estágios mais graves, que podem comprometer permanentemente os folículos capilares e afetar o crescimento saudável dos fios.

Dessa forma, procure um especialista em dermatologia capilar ao notar uma queda de cabelo expressiva, especialmente se persistir por semanas ou meses. Outros sinais que indicam a necessidade da consulta são:

  • Queda de cabelo em áreas específicas do couro cabeludo;
  • Falhas visíveis;
  • Coceira intensa;
  • Caspa;
  • Afinamento dos fios;
  • Histórico familiar de queda capilar.

Agende uma consulta com a Dra. Claudia Savassi.

Fonte:

Sociedade Brasileira de Dermatologia