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Melasma: causas e tratamentos

Mulher olhando seu rosto com melasma no espelho.
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
Por: Publicado em 19/05/2023

Problema se caracteriza por manchas escuras principalmente no rosto e pode ser tratado de diversas maneiras

O melasma é uma alteração na pigmentação da pele que se caracteriza pela formação de manchas escurecidas de formato irregular que não coçam ou doem. Os locais onde as manchas costumam surgir com mais frequência são a testa, as bochechas e as maçãs do rosto, ainda que toda a face e outras parte do corpo, como braços, pescoço e colo, possam ser acometidas.

A maior parte dos casos de melasma ocorre nas mulheres em idade reprodutiva. A condição é rara em homens e em crianças. Também é mais comum sua manifestação em pessoas de pele mais escura, por causa da maior quantidade de melanina.

Possíveis causas do melasma

A hiperpigmentação característica do melasma ocorre quando há uma concentração de níveis elevados de melanina em determinados pontos da pele. No entanto, não se tem estabelecida uma causa específica para o problema.

O que se sabe é que, na maioria das vezes, o melasma se manifesta a partir da combinação da exposição desprotegida aos raios ultravioleta com alguns fatores de risco, tais como:

  • Alterações hormonais causadas por medicamentos, como os anticoncepcionais e os repositores hormonais, e por doenças, como a disfunção da tireoide;
  • Inflamações que provocam hiperpigmentação;
  • Gravidez;
  • Predisposição genética;
  • Uso de produtos inadequados para a pele.

Tipos de Melasma

De acordo com a camada de pele atingida pela concentração de melanina, o melasma pode ser classificado em três tipos, que são:

  • Melasma epidérmico: ocorre quando o excesso de melanina está concentrado na epiderme, a camada mais superficial da pele.
  • Melasma dérmico: ocorre quando a melanina está mais concentrada na derme, que é a camada intermediária da pele. Esse tipo pode exigir um tratamento mais complexo que as manchas epidérmicas.
  • Melasma misto: são alguns casos em que a melanina concentrada pode ser encontrada tanto na epiderme, quanto na derme.

Como tratar o Melasma?

Vários procedimentos podem ser realizados para tratar o melasma. Entretanto, é importante ter em mente que qualquer método é realizado com o intuito de controlar o avanço da doença, uma vez que o melasma não tem cura.

A escolha da técnica mais adequada depende da profundidade e da extensão do problema, além do tipo de pele a ser tratada. Existe também a possibilidade de combinar tratamentos para que sejam obtidos melhores resultados. Como o melasma não tem cura e os tratamentos visam seu controle, eles devem ser repetidos periodicamente.

Conheça, a seguir, as principais escolhas de tratamento e tecnologias que podem ser utilizadas para o melasma.

Tratamentos orais

Uma das opções de controle do melasma é a utilização de medicamentos orais. A maioria deles é baseado em princípios como antioxidantes e derivados da vitamina A. Esses medicamentos devem ser utilizados somente com a devida indicação da médica dermatologista.

O uso de medicamentos orais pode ser combinado com o uso de medicamentos tópicos (em forma de pomadas, cremes e géis) e aplicação de tratamentos locais e tecnologias que atuam diretamente sobre os sinais hiperpigmentados característicos do melasma.

Laser Lavieen

O Laser Lavieen é uma tecnologia pouco invasiva que trata imperfeições da pele por meio de um laser fracionado que atua sobre suas camadas mais superficiais, causando danos controlados sobre o tecido epitelial que estimulam a renovação celular e a produção de colágeno.

O Lavieen é indicado no tratamento do melasma porque o laser também atinge as células que contêm melanina, clareando as manchas escurecidas. As sessões são programadas de acordo com a necessidade de intensidade do tratamento e costumam durar, em média, 30 minutos. Os resultados, no entanto, já começam a ser vistos após a primeira sessão.

Quanta

O Quanta é um laser indicado em tratamentos de manchas na pele como o melasma. A tecnologia funciona por meio da fragmentação de pigmentos como a melanina. Isso faz com que o corpo se livre do excesso da substância e, consequentemente, clareie as manchas.

Uma sessão com o laser Quanta dura, em média, 40 minutos. Apesar de os resultados já começarem a ser visíveis na primeira sessão, até 5 sessões podem ser necessárias no tratamento do melasma para que os resultados se estabeleçam completamente.

Futera

Futera é uma tecnologia que possibilita a melhora da textura da pele e recuperação de sua densidade por meio de radiofrequência microablativa. Esse tipo de emissão faz com que a temperatura da pele e dos músculos seja elevada, estimulando a produção de novas fibras de colágeno.

Por esse motivo, o tratamento com Futera pode ser indicado para tratar flacidez, sinais de envelhecimento (como rugas e marcas de expressão) e manchas, como as causadas por cicatrizes e por condições como o melasma.

Fotoage (LED)

O Fotoage é uma tecnologia que trata diversas condições da pele, como acne, linhas de expressão, rugas finas, micoses, rosácea, melasma, entre outras. A tecnologia utiliza máscara que liberam luzes de LED que estimulam diversos processos sobre a pele que estimulam a cicatrização, o rejuvenescimento e a melhora de inflamações.

Mesoject gun

A Mesoject Gun é uma tecnologia que realiza a mesoterapia — tratamento de injeção de medicamentos diretamente sob a pele — sem o uso de agulhas. Por isso, é considerado mais seguro e indolor do que os tratamentos convencionais com esse mesmo princípio.

Além de atuar no tratamento de flacidez e sinais do envelhecimento, também é muito potente para o controle de condições como o melasma.

Microagulhamento

O microagulhamento é um tratamento que restaura e rejuvenesce a pele por meio da perfuração com microagulhas. Dessa forma, os tecidos são estimulados a se regenerar de forma mais uniforme e com maior produção de colágeno, o que suaviza imperfeições como cicatrizes, acne, flacidez, calvície e manchas na pele, como o melasma.

No tratamento do melasma, podem ser necessárias pelo menos 3 ou 4 sessões para que os resultados se estabeleçam completamente. Após as sessões, é importante evitar exposição ao sol e hidratar bem a pele, que fica um pouco avermelhada e sensível.

Peeling

O peeling químico é utilizado no tratamento do melasma por meio da combinação de substâncias ativas que atuam diretamente sobre a pele para promover a renovação celular. Os ativos mais utilizados são a cisteamina e os ácidos retinoico, mandélico e glicólico.

A combinação e as quantidades são determinadas de acordo com a profundidade e extensão do problema, bem como a quantidade de sessões necessárias. Após o tratamento, pode haver vermelhidão e muita sensibilidade no rosto, que exigem cuidados específicos e costumam melhorar após alguns dias.

A importância da prevenção e do protetor solar

Apesar de ser um problema muitas vezes associado à predisposição genética e alterações hormonais, algumas atitudes de prevenção podem ser eficazes para evitar o aparecimento de melasma. Todas envolvem evitar a exposição do rosto desnecessariamente à luz ultravioleta.

Para isso, o uso de protetor solar adequado para a face e para o tipo de pele deve ser constante, mesmo em dias nublados e nos momentos sob a sombra ou luz visível artificial. O protetor também deve ser devidamente indicado por um médico dermatologista.

Para além disso, é importante ter em mente que a proteção — tanto para prevenir o melasma, quanto principalmente para quem já é diagnosticado com o problema — deve se focar em evitar exposição solar desnecessária.

Entre em contato com a Claudia Savassi.

 

Fontes:

Dra. Claudia Savassi

Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)